O Anel de Ruby
Ou chega amanhã, ou no domingo.
Entretanto, comentem e digam o que acham que vai acontecer (:
- Bom, vou trabalhar – ouvir aquelas palavras era um alívio. Significava que tinha meia dúzia de horas de descanso, de paz de alma, se é que me conseguia mesmo distanciar o suficiente dele para que isso acontecesse.
Lewis levantou-se da mesa e veio até à bancada, para me dar um beijo forçosamente nos lábios.
(...)
- O que o meu colega está a dizer, é que damos qualquer tipo de ajuda – interrompeu de novo a senhora –, e todas as chamadas são confidenciais. Somos um género de apoio, de “ombro amigo”, para quem precisa.
- O que…? – Não me deixaram terminar.
- Vou-lhe deixar o nosso cartão, caso conheça alguém que possa precisar, ou até mesmo para si
(...)
Costumava vê-lo com a minha avó. Ao mesmo tempo que o meu coração se enchia de saudades, pensava em como estaria ela. Alcancei o meu telemóvel, que estava em cima da pequena mesa situada em frente ao sofá, e procurei o número dela, detendo-me quando chegou a altura de carregar em “ligar”.
(...)
Parei um pouco antes de responder, mas optei por falar a verdade. Aquela voz ao telefone não me ia julgar e, mesmo se o fizesse, nunca saberia quem eu sou na vida real.
- Eu não tenho ninguém.