Sob o Luar
Capítulo 8 – Uma Noite Mágica
O acampamento estava a correr “às mil maravilhas”, tirando alguns percalços que eram considerados normais. As coisas nunca corriam inteiramente como planeadas.
O grupo estava animado, e todas as noites eram noites de festa. Durante o dia, dividiam-se entre idas à praia, à piscina, passagens pelos campos de ténis e de basquetebol, ou simplesmente caminhadas. Tinham feito grupos para cozinhar, lavar a loiça, e ir às compras, sendo que esses iam rodando respectivamente, de modo a que toda a gente trabalhasse também.
Mais uma noite tinha chegado e, depois de terem comido e festejado um bocado, aos poucos todos começaram a recolher-se para as respectivas tendas. A lua já ia bem subida quando o barulho fora das tendas acalmou, já não havia praticamente ninguém a pé.
Amanda, deitada no seu saco-cama ao lado do de Dean, olhava o tecto da tenda e suspirava.
- Não tens sono? – Perguntou-lhe ele.
- Nem por isso – a rapariga voltou-se para ele e fê-lo sorrir. Vestia um top com rendinhas, e uns calções curtos, e não estava minimamente tapada. A noite estava quentíssima. Ao sentir-se observada, começou a corar, e deu um pequeno empurrão ao namorado, só para o fazer “acordar” – Pára com isso.
Dean riu-se.
- Desculpa – proferiu, ainda a rir –, mas quando se tem uma namorada assim, tem-se que se apreciar.
Amanda revirou os olhos e corou mais.
- Ai sim? – Perguntou, com uma voz de gozo – Sabes… está bastante calor nesta tenda… - sem esperar muito mais, impulsionou-se para o rapaz e colou os seus lábios aos dele. Dean não tardou a “rolar” para cima dela, passando-lhe com as mãos pelas pernas desnudas e aventurando-se por dentro da camisola, sem nunca a parar de beijar. Amanda riu-se e afastou-o ligeiramente, já ofegante, empurrando-o para cima do seu saco-cama.
- Não podes fazer isso! – Resmungou ele, enquanto a olhava enternecido.
- Fazer o quê? – Perguntou ela, fazendo-se de inocente, enquanto o observava com cuidado.
- Provocar-me e depois afastar-me – Amanda soltou uma gargalhada, o namorado parecia uma criança amuada a quem tinha sido negado um doce. Achou graça ao vê-lo assim, e depois “pulou” para cima dele, colocando-se sentada com uma perna de cada lado, e inclinou-se para o beijar.
- Quem é que te está a afastar? – Perguntou, com um ar atiradiço.
- Tens a certeza? – O tom da voz de Dean mudou. Parou de ser brincalhão e metediço para se transformar num tom sério. Ele não queria que a namorada se arrependesse do que estavam prestes fazer. Queria que fosse especial, e não se importava de esperar, apesar de ser algo que desejava mais que tudo. Mas Amanda não lhe respondeu, em vez disso voltou a beijá-lo, dando-lhe as certezas de que precisava.
☾
- Mandy! Ei, Mandy! – Amanda “acordou” subitamente ao ouvir Carry a chamá-la constantemente. Desviou o olhar do namorado, que jogava ténis contra Toby, e encarou a melhor amiga.
Estavam as duas sentadas a um canto do campo, à sombra de uma grande árvore, com duas garrafas de água ao pé.
- Diz – respondeu.
- Credo rapariga, parece que estás aérea – comentou Carry, soltando um risinho.
Amanda sorriu também, e voltou a olhar para Dean. Dentro da sua mente revivia todos os momentos da noite passada. Todas as carícias, os beijos, os arrepios… tinha sido uma noite mágica, a melhor de toda a sua vida, e não se arrependia de nada. Agora sim, tinha a certeza que tinha feito a melhor escolha da sua vida ao ter dado uma segunda oportunidade ao rapaz. Agora sim, percebia o quanto ele lhe era importante.
- Não é nada – murmurou, encolhendo os ombros.
- Pois, pois – disse Carry – De qualquer maneira, estava a perguntar se não achavas estranho a Daisy andar tão quieta.
Esse nome fez com que Amanda dirigisse toda a sua atenção para a amiga. Sim, de facto era estranho. Nos primeiros dias do acampamento Daisy não saía de ao pé de Dean, sempre a vigiar, sempre a meter-se nas conversas, e de súbito parou. Começou a dar mais atenção a outro grupo que também estava no parque de campismo, uns sujeitos com um pouco de mau aspecto, que até já tinham sido vistos a consumir drogas já pesadas.
- O que é que achas que ela anda a tramar? – Perguntou Amanda, ao que a outra encolheu os ombros.
- Não sei… mas coisa boa não deve ser – supôs – Mas ao menos não nos anda a estragar o verão.
Nem tenho desculpa para a demora :x
Sintam-se livres para me espancar :x