Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Déjà Vu Sobrenatural

por Andrusca ღ, em 27.10.10

Capítulo 6

A Invisibilidade é lixada

 

As minhas feridas já estavam cicatrizadas há um tempo mas eu usava a desculpa de que não queria ficar sozinha para poder ficar lá em casa com eles durante mais tempo. Eles sentiam-se um bocado culpados por me terem deixado ser torturada e eu usava isso para não me expulsarem de lá.

Vicky continuava a ser a mais simpática comigo, porém, quando se tratava de conversas de demónios, nem ela se abria.

Implorei tanto a Bryan e a Jason para me ensinarem a usar algumas das armas que eles acabaram por ceder, quando levados à exaustão. Durante a tarde ensinaram-me como carregar uma arma e como a usar. Antes de disparar tinha que ter a certeza que ninguém estava ao meu lado porque as balas iam parar aos sítios mais esquisitos que podia imaginar. Ensinaram-me também a mandar uma faca, de modo a que a ponta acertasse no inimigo, o problema era que quando a mandava, ela ia para trás ou para os lados e não para frente. Fosse com uma pistola ou com uma faca, numa acertava no alvo.

Jason ensinou-me alguns truques para me defender, nisso, acho que já me saí melhor, já conseguia dar murros e pontapés e manter-me de pé. Tentei que me ensinassem a lutar com as espadas mas não tive sorte, agora que penso bem foi melhor, ainda tirava a orelha a alguém.

Li vários livros e já conhecia vários monstros. Lá em casa, limpava algumas coisas e aprendi a cozinhar, apesar da comida não ficar lá muito boa. Das primeiras vezes que cozinhei tivemos que encomendar comida porque a que fiz ficou intragável.

Jason e Bryan às vezes saíam para ir caçar outros monstros, tentei que me levassem mas nem de perto. Descobri que na cave tinha um saco de pancada, como os que os lutadores usam e alguns escudos. Tinha também uma sala, toda em metal, trancada.

- No que é que estás a pensar? – Perguntou Vicky.

- Em ir lá para fora. O dia está perfeito para treinar não achas?

- Tens a certeza que queres arriscar mais? Isso não são brinquedos Mel, qualquer dia magoas-te a sério.

- Eu sei, não te preocupes, eu hei-de acertar com isto.

- E quem é que te vai supervisionar?

- Podes vir tu, se quiseres.

Saí para o quintal e pus balas numa pistola. Comecei a disparar para o alvo que estava numa árvore, mas acertava em tudo menos nele, estava a começar a chatear.

- O que é que pensas que estás a fazer?! – Perguntou Jason, com uma voz chateada, assustando-me.

Dei um pulo, de susto e disparei, sem querer, acertando mesmo no centro do alvo.

- Whoa… - Disse, ignorando Jason e aproximando-me do alvo para ver se a bala estava mesmo centrada. – Está mesmo no meio… não é possível…

- Melanie, nós dissemos para te manteres afastada destas coisas, não dissemos?

- Disseram… mas eu consegui. – Disse eu, com um sorriso enorme, voltando para ao pé dele e preparando-me para atirar outra vez. Este já foi muito ao lado.

- Ok, vamos mas é parar com isso antes que magoes alguém…

- Tudo bem. Ensinas-me a lutar?

- Agora não.

- Tanto faz. – Disse eu, desanimada.

Subi e fui tomar um banho, depois vesti o pijama e o robe e desci, para jantar.

- Já de pijama? – Perguntou Bryan, admirado.

- O que é que parece? – Perguntei eu, retoricamente.

- Tenho que dizer que nunca pensei que fosses do tipo de rapariga dos pijamas cor-de-rosa com os ursinhos. – Disse Jason. – Pensava que eras do tipo de camisa de dormir preta com rendas, sexy.

- Depende da disposição… e da companhia. – Respondi.

Depois do jantar subi e fui-me deitar, mas não conseguia dormir nada. A noite calma que tinha tido depois de ter sido torturada pelo vampiro nunca mais se repetiu, os pesadelos têm reinado, é como se só parassem quando eu estivesse em perigo. Levantei-me a meio da noite e fui para a cozinha, fiz chocolate quente com marshmellows e sentei-me no sofá, a bebê-lo calmamente. Olhei para a rua, através do vidro da janela. Como é que tinha conseguido acertar mesmo no centro do alvo sem sequer estar a prestar atenção? E já quando lutei contra o wendigo que tive que o alvejar, acertei em cheio, mesmo sem saber como usar uma arma, e quando cortei a cabeça ao vampiresco também não errei. Será que se devia a serem situações de perigo? Será por causa da adrenalina do susto? Só sei que tenho que descobrir como acertar nos alvos, custe o que custar e demore o tempo que demore, vou conseguir descobrir e vou conseguir acertar nos alvos, quando e como quero.

Saí para a rua e carreguei uma pistola. Apontei para o alvo e disparei, falhei. Voltei a tentar vezes sem conta mas nunca acertava nem no centro, nem sequer no alvo. Fechei os olhos e tentei concentrar-me, no meio da noite, apenas com duas luzes acesas, nem se ouviam as moscas, era uma calma constante. Estiquei os braços, a agarrar na pistola, abri os olhos e disparei, instantaneamente. Acertei mesmo em cheio no meio do alvo, era incrível. Voltei a repetir o mesmo procedimento e voltou a acontecer o mesmo resultado.

Pousei a arma e agarrei num punhal, o mesmo que tinha levado quando fui torturada pelo pior e único bebedor de sangue que já conheci. Virei-me de costas para o alvo e respirei fundo, ao voltar-me de novo para ele mandei o punhal, que acertou mesmo no meio do alvo.

- Espectacular, isto não pode ser verdade. – Sussurrei, para mim mesma.

Não dei pelo tempo passar, só reparei que já tinha amanhecido quando ouvi vozes dentro da casa. Deixei o punhal ao pé da pistola e entrei, até porque já estava com sono.

- O que é que estavas a fazer lá fora? – Perguntou Jason ao ver-me entrar em casa.

- Estive a praticar. – Respondi.

- Estás a brincar certo?! Melanie, quantas vezes é que vamos passar por isto?!

- Eu consegui. Acertei no alvo vezes sem conta. – Disse eu, repleta de felicidade.

- Parabéns. – Disse ele, sem qualquer entusiasmo. – Como é que nós não acordámos com isso?

- Tu achas que eu estou a mentir… - Constatei, desanimada, referindo-me à felicitação que ele me deu e ignorando a sua pergunta. – Eu posso mostrar-te, anda.

- Mel, agora não tenho tempo, aconteceu uma coisa. Mantêm-te longe das armas.

- O que é que aconteceu?

- Não sonhaste nada esta noite?

- Não respondeste à minha pergunta, mas não, tive insónias, não dormi quase nada e se sonhei, não me lembro. É a tua vez.

- O Phil foi raptado. – Disse ele, indo para a cozinha ter com Vicky e Bryan.

Fui atrás dele.

- Como assim raptado?! Foi um demónio? – Perguntei, preocupada.

- Foi.

- Qual?

- Não sabemos ainda. – Respondeu Bryan.

- Se soubessem diziam-me? – Observei os seus rostos.

- Provavelmente não. – Disse Jason.

- Claro que não. – Disse eu, desanimada. – Eu vou mudar de roupa.

Subi para o quarto e vesti umas calças de ganga com uma blusa cor de laranja, cai-cai, calcei umas botas curtinhas, castanhas-escuras, de salto alto, por cima das calças. Penteei o cabelo e pus o meu colar habitual, com o coração de prata pendurado e voltei a descer as escadas.

Ouvi-os a falar desde a cozinha e aproximei-me silenciosamente, para ouvir melhor.

- Se ele está nessa casa, qual seria o melhor método para entrar? – Perguntou Bryan.

- Eu acho que a clarabóia é uma boa opção, mas no entanto nunca sabemos onde o demónio vai estar. – Disse Vicky.

Porquê tanta complicação? Entrando pela clarabóia ou pela porta vai tudo dar ao mesmo, o demónio vai-os encontrar na mesma e vão lutar na mesma. É sempre assim, as personagens mudam, as histórias não.

- Mas ele não é invencível, só não sabemos é como o atingir, certo? – Perguntou Jason.

- Certo, mas…

- Esperem lá. – Interrompi eu. – Vocês sabem para onde é que o demónio levou o Phil e não o vão buscar?! Porque é que ainda aqui estão?!

- Porque não sabemos como o destruir. – Respondeu Jason.

- Vocês nunca sabem. – Resmunguei, baixinho.

- O quê?! – Perguntou Bryan.

- É verdade! Quando foi o vampiro, não iam atrás dele porque não sabiam como o matar, agora vão deixar o Phil num lugar qualquer com um monstro porque também não sabem como o derrotar. E não foram só destas vezes, vocês já hesitaram muitas vezes, eu é que não sei os nomes dos monstros com que sonhei.

- Ouve, eu percebo que isto seja tudo novo e emocionante para ti, mas estas situações são perigosas e nós não o podemos ajudar se formos apanhados. – Disse Jason.

- Sabem o que é eu acho? Eu acho que estão a perder qualidades. Acho que com tudo o que se passou, vocês preferem não correr riscos nenhuns, jogar pelo seguro, e acho que isso está mal, porque assim podem estar a matar um amigo vosso! Como é que conseguem dormir à noite?!

- Da mesma maneira que tu. – Respondeu Bryan, chateado.

Virei costas e subi, furiosa, para o quarto. Bati com a porta e mandei-me para cima da cama. “Como é que eles podem ser tão estúpidos?!”, comecei a pensar onde seria a tal casa de que falavam. Fui até à janela e vi Jason e Bryan a saírem de carro. Desci as escadas devagarinho e dei de caras com Vicky.

- Vais a algum lado? – Perguntou ela.

- Sim, à cozinha, beber água. – Respondi, dirigindo-me à cozinha. – Eles foram buscá-lo?

- Não, foram comprar mantimentos.

Vi um mapa em cima da mesa, e reparei que era o mesmo mapa que eles estavam a usar quando estavam falar de como entrar na tal casa. Aproximei-me da mesa e encostei-me a ela, ainda a falar com Vicky. Dobrei o mapa, muito devagarinho e pus no bolso de trás das calças, sem que ela notasse. Fomos até à sala e depois deixei-a a ver televisão e subi para o quarto.

Abri o mapa em cima da cama e vi um prédio assinalado. Agora só tinha que sair de lá e rezar para que eles tivessem acertado no prédio. Como Vicky nunca me deixaria sair pela porta da frente, resolvi sair pela janela. Vesti um casaco castanho, até aos joelhos e deixei-o desabotoado, saí do quarto e gritei a Vicky que ia dormir, depois fechei a porta e saí pela janela. Tirei a pistola e o punhal com que tinha estado a treinar e guardei-os, o punhal enfiei-o, tapado, na minha bota direita e pus a pistola num dos bolsos do casaco.

Fartei-me de andar até chegar ao prédio que estava assinalado no mapa. O prédio era escuro, parecia abandonado e estava a cair aos bocados. Fiz um rabo-de-cavalo com um elástico que trazia no pulso e deixei o casaco pendurado no corrimão das escadas, agarrei na pistola e fui subindo até ao andar que estava assinalado no mapa. Estava a tentar controlar ao máximo os arrepios que ia sentindo.

A porta do lado esquerdo, do último andar, de madeira maciça, estava entreaberta. Entrei e encontrei-me num corredor enorme, com seis portas. Na primeira não estava nada, estava tudo vazio, e o mesmo se seguiu nas outras quatro. Podia jurar que tinha ouvido passos atrás de mim, mas quando me virei, não estava lá nada. Entrei na última porta e vi Phil, sentado numa cadeira e amarrado, não parecia magoado. Corri até ele.

- Phil, estás bem? – Perguntei, tirando-lhe a mordaça da boca.

- Onde é que eles estão? – Perguntou.

- Não vieram. Anda, vou-te tirar daqui.

- Como assim não vieram? Estás sozinha? És completamente louca?!

- Phil eu…

- Melanie tem cuidado, ele está aqui.

Olhei em volta, mas não vi nada.

- Não, nós estamos sozinhos Phil. Não está cá mais ninguém. – Assegurei, mas nisto senti um puxão e caí de costas no chão. Fiquei a olhar para o ar mas continuava sem ver nada além das paredes cinzentas e a cair de podres, uns plásticos que lá estavam pendurados e Phil, sentado na sua cadeira.

- Melanie, ele é… - Começou Phil.

- Invisível. – Concluí, levantando-me.

Senti um murro na barriga, que me fez recuar um passo. “Eu não posso lutar contra uma coisa que não vejo, posso?!”, estava a começar a entrar em pânico, e o pior era que me sentia completamente inútil, estava na mesma sala que um demónio mas não o conseguia ver. Voltei a sentir um murro, desta vez nas costas. Phil só me gritava para ter cuidado e para fugir, e eu apontava com a pistola para vários sítios, sem saber realmente se iria acertar em alguma coisa ou não. Senti um pontapé na mão que me fez largar a pistola, que se arrastou para longe.

- Melanie foge! – Gritava Phil.

- Phil cala-te! Deixa-me… concentrar. – Disse eu, por fim.

Ele obedeceu e eu fechei os olhos, com esperança que o demónio pusesse algum passo em falso que me permitisse ouvir onde ele estava. Ouvi um pequeno ruído atrás de mim e virei-me, dando um pontapé para frente, senti que bati em algo e esse algo caiu no chão, levantando pó. Continuei com a mesma técnica de murros e pontapés que nem sabia que conseguia fazer, até que ele me deitou ao chão. Ouvi uma risota.

- Não tem graça! – Disse para o ar, levantando-me e dando-lhe um murro. – Tu não és assim tão invencível, és apenas mais um! E se eu posso contigo eles também podem! Aliás, para eles deve ser um milagre eu ainda estar viva, visto que não sei fazer nada de jeito! – Gritei, em tom de desabafo, enquanto lutava com o demónio.

Agora, já não precisava de silêncio, era como se o visse, como se soubesse exactamente onde ele ia atacar, e conseguia defender-me de modos que nunca conseguira antes, como se estivesse mesmo destinada a fazer aquele tipo de coisas. E porque não?

Distraí-me com os pensamentos e fui deitada ao chão. A conversa estava a ser boa, mas estava na hora de acabar.

- É incrível como só tu, um monstro qualquer, é que me ouviu! Foste um querido, mas agora está na hora de dizer adeus. – Disse eu, tirando o punhal da bota e mandando-o, de encontra aos plásticos que estavam pendurados. Passou pelos plásticos, rasgando-os, e acertou em cheio na garganta do demónio que depois, ao morrer, se mostrou.

Aproximei-me dele e tirei o punhal. Depois voltei atrás e vi Jason, Bryan e Vicky especados, a olhar para mim, apanhei a pistola e apontei-a às cordas que amarravam Phil. Eles gritaram todos para não o fazer, mas ao disparar, quebrei as cordas e não acertei em ninguém. Dirigi-me à saída e parei ao lado deles.

- Afinal não foi assim tão difícil. – Disse, entregando a pistola e o punhal a Jason e saindo de lá. À saída do prédio agarrei no meu casaco e saí porta fora. Ouvi passos a correr, atrás de mim, e quando me virei estavam lá eles todos.

- Como é que fizeste aquilo tudo?! – Perguntou Jason.

- Aquilo o quê? – Perguntei.

- Mel, nós vimos tudo. Tu foste incrível. – Disse Vicky.

- Não, não fui. – Disse eu. – Porque eu só vos faço perder tempo com brincadeiras e não sirvo para ajudar. – Agora estava simplesmente a usar o tom de voz e a maneira de falar que Jason e Bryan usavam comigo.

- Mel vá lá, não fiques assim. – Pediu Jason. – Desculpa ok?

- Tanto faz, dão-me boleia ou tenho que ir a pé?

Voltámos para casa e o resto do dia foi calmo. Jantámos pizzas, daquelas que é só aquecer e ficam prontas e depois vimos televisão até tarde, quando me fui deitar estava esgotada, não demorei tempo nenhum a adormecer e lembro-me de sonhar com coisas boas, coisas irracionais, mas boas.

Acordei ao baterem à porta, quando disse para entrarem, entrou Bryan, que me pediu para me levantar e vestir porque tínhamos todos que ter uma conversa. Levantei-me e vesti umas calças pretas com uma blusa de manga curta amarela e uns ténis castanhos. Deixei o cabelo solto e pus o meu fio.

Desci as escadas e vi-os, Bryan, Jason e Phil, sentados no sofá, com umas caras muito pensativas.

- É melhor sentares-te. – Disse-me Jason.

- É assim tão mau? – Perguntei.

- Não, até acho que é uma coisa boa.

Sentei-me no cadeirão que estava ao lado.

- Nós vamos embora Mel. – Disse Jason. – Vamos separar-nos. O Bryan vai ter a vida normal com que sempre sonhou, eu vou continuar à caça dos monstros e tu vais voltar para a tua vida em Nova Iorque.

- O quê?! Mas porquê?! – Perguntei eu.

- Porque isto já não está a resultar, nós já não nos entendemos. Assim eu mantenho-me afastado dos monstros e do sangue dos vampiros. – Disse Bryan. – E o Jason pode continuar com a caça. E tu vais ter a vida normal da qual nunca devias ter saído.

- Vocês não podem decidir isso por mim. – Disse eu, levantando-me. – Querem ir vão, mas não me podem obrigar a ir também!

Depois de um longo tempo de conversa, deixei-me convencer e eles foram-se embora. Jason seguiu no seu Opel e Bryan num carro que tinha roubado, eu fiquei a fazer as malas no quarto, Phil ia-me levar a uma estação qualquer depois. Bateram à porta.

- Entre. – Disse eu.

- Então Mel, já estás pronta? – Perguntou Phil ao entrar, mas depois a sua cara ficou séria. – Onde é que estão as tuas malas?

- Antes de começares a falar espera. – Pedi. – Eu não quero ir a lado nenhum, eu quero continuar com isto.

- Mel…

- Pensa bem, quando luto com estas coisas não tenho pesadelos. Os pesadelos trouxeram-me para esta vida, eu nunca vou ter uma vida normal Phil. Isto não é uma coisa que possa simplesmente ignorar…

- Mel vá lá, pensa bem, esta vida não é coisa leve. Faz como eles te disseram, eles preocupam-se contigo… - Disse Phil.

- Eles não se preocuparam comigo Phil, eles fizeram o que quiseram e bem entenderam e não se preocuparam em perguntar-me o que é que eu queria. Eu sei o que quero, e não é uma vida normal. Quero fazer isto Phil, quero ser uma caçadora, mas não o consigo fazer sozinha. Eu preciso de ajuda. Eu preciso que alguém me treine, que tu me treines. Por favor, podes fazer isso?

- Eles vão matar-me, sabes disso?

- Bem, depois de me treinares posso proteger-te. – Disse eu, sorrindo. – E além disso, eles só precisam de saber quando eu quiser.

11 comentários

Comentar post