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Bem, este post já é um pouco maiorzinho que os outros... mas não se habituem xD
Capítulo 6
La Push
Alyson
Deixei o meu pai a olhar para mim e entrei para o meu quarto. Era a primeira vez que aqui entrava, mas não quis nem olhar duas vezes para a decoração. Deixei-me cair na cama e comecei a sonhar acordada. A sonhar acordada com Seth.
Mas o que é que se passa? Porque é que fiquei tão nervosa ao pé dele e porque é que me sinto tão estranha ao pensar nele? É como… como se estivesse apaixonada, mas melhor. Mais forte.
- Vá lá Alyson, acorda – exigi-me. Afinal, eu não sabia nada dele, nada além do nome e que vive em La Push. La Push, que nome estranho…
Nem dei pelo tempo passar, e pouco depois o meu pai chamou-me para o jantar.
Seth
Quando saí do seu quarto no hotel ainda estava meio aparvalhado. Ela era tão linda, tão perfeita. Aquela voz, aqueles cabelos, aqueles olhos… parecia que tinha sido desenhado a pormenor. Aquele sorriso… nunca, nem num milhar de anos, conseguiria esquecer aquele sorriso.
Andei meio aos tropeções pela rua e caminhei até La Push, ainda ficava um bocado longe, mas estava com a cabeça tão na lua que nem dei pelo cansaço.
Fui directo à minha casa e a minha mãe e Leah já estavam a jantar. Sentei-me ao lado da minha irmã e servi-me, sempre com um sorriso parvo na cara e sem nunca pronunciar uma palavra.
- Alguém marcou alguém – ouvi Leah cantarolar.
Nem lhe liguei, apenas alarguei mais o meu sorriso.
- Estou tão feliz por ti filho – disse a minha mãe – Mas tens que ter juízo.
- Sim mãe – disse-lhe.
- Vá, fala-me dela. Como é que é? – A dona Sue e as suas perguntas.
- Bem, ela é… ela é fenomenal, linda, formidável…
- Algum defeito? – Interrompeu Leah.
- Claro que não! Ela é perfeita! – Alyson com um defeito? Isso é uma coisa inimaginável.
- Bem-vindo ao mundo dos apaixonados – disse-me ela.
- Mas não se esqueçam das vossas obrigações para com a alcateia – disse a nossa mãe.
- Sim, nós vamos agora fazer uma patrulha – disse-lhe Leah.
- Vamos? – Perguntei – Não sabia.
- Claro, estiveste fora o dia todo – disse-me ela.
- Mas há algum problema? – Insisti.
- Não, é só para ver se está tudo normal – explicou-me.
- Muito bem, despachem-se lá então – apressou a dona Sue.
Depois do jantar ambos, eu a minha irmã, nos transformámos e começámos a correr pelo bosque.
- Então meu, como correu? – Pensou Paul, que apareceu ao meu lado, enquanto corríamos.
- Foi óptimo. Ela é óptima – transmiti-lhe, através do pensamento.
- Parabéns, agora já não te podes andar por aí a lamuriar – pensou, mais alto do que devia.
Alyson
Quando me deitei já estava ansiosa pelo encontro de amanhã. Quer dizer, pela saída de amanhã, porque um encontro não é de certeza.
O que é que vou vestir? Como é que vou levar o cabelo?
Bolas, não me sentia tão nervosa desde a entrega dos Óscares de 2005. Mentira. Acho que nem aí me senti tão nervosa. Senti o estômago a andar às voltas, mas não era fome, era o nervosismo a falar mais alto.
- Controla-te Alyson, por amor de deus – disse para mim, em voz alta – Tu és uma actriz, finge que não estás nervosa, mas por amor de deus, adormece senão amanhã estás desgraçada.
- Estás a falar comigo? – Gritou o meu pai, da sala.
- Não! – Gritei-lhe, de volta.
Voltei a enrolar-me nos lençóis e encolhi-me toda. Que gelo, não sei como é que se consegue sobreviver aqui durante muito tempo e continuar-se a ter dedos dos pés.
Quando acordei tomei o pequeno-almoço e vesti uma roupa quentinha. Fiquei impaciente até ao almoço, e depois de comermos, o meu pai disse que ia sair. Não me importei, eu também tinha que me despachar.
Voltei para o quarto e espalhei a roupa toda. No meio de tanta roupa, como é que podia não encontrar nada de jeito para vestir?
Decidi-me por umas calças pretas e uma blusa vermelha, com um casaco bem quentinho cinza. Calcei umas botas castanhas por cima das calças e deixei o cabelo solto, para ver se me aquecia as orelhas.
Quando estava a pôr uns brincos enquanto saía do quarto, bateram à porta. Olhei para o relógio, três horas. Fechei a porta do quarto para que Seth não visse a desarrumação e corri até à porta. Ainda não a tinha aberto e o meu coração já estava a descolar a cem à hora.
Abri a porta e vi-o. Um arrepio percorreu o meu corpo ao mesmo tempo que o meu coração batia acelerado. Seth estava de novo apenas com uma t-shirt e uns calções, com uns ténis. Como é que ele consegue?
- Olá – saudou-me.
- Oi, queres ir já?
- Claro, estás pronta?
- Sim.
Agarrei no telemóvel e na chave e pus dentro do bolso do casaco. Saímos para a rua e senti logo as minhas mãos gelarem.
- Estás bem? – Perguntou Seth.
- Sim, porquê?
- Estás a tremer.
- Estou gelada. Como é que andas assim?
- Assim como?
- Como se fosse Verão.
Ele riu-se.
- Já estou habituado – disse-me – Onde é que queres ir?
- Bem, és de cá, mostra-me os bons sítios.
- Podíamos ir a La Push… é lindo.
- Ok, então será La Push.
Seth levou-me no seu carro, um Rabbit.
- Gosto do carro – disse eu, enquanto íamos a caminho.
- Obrigado, é de um amigo meu, Jacob, ele emprestou-me. Construiu-o sozinho.
- Impressionante.
- Chegámos. Bem-vinda a La Push.
Seth parou o carro e saímos. Estávamos em frente a uma pequena casa, muito parecida com uma cabana, e a porta estava aberta. Credo, com este frio ninguém deixa portas abertas…
- Anda, quero-te apresentar os meus amigos – disse Seth, enquanto andávamos em direcção à pequena casa.
- Ok – oh deus, sentia-me tão nervosa. E se não gostassem de mim? Pior, e se já me conhecessem das revistas e etc. …?
Entrámos na casa e só vi rapazes, eram uns cinco, e lá no meio estava uma rapariga, que gritou mal me viu.
- NÃO ACREDITO! – Gritou ela – TU ÉS A ALYSON SHEPHERD!