Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]

Spotlight

por Andrusca ღ, em 03.12.10

Bem, este post já é um pouco maiorzinho que os outros... mas não se habituem xD

 

Capítulo 6

La Push

 

Alyson

 

Deixei o meu pai a olhar para mim e entrei para o meu quarto. Era a primeira vez que aqui entrava, mas não quis nem olhar duas vezes para a decoração. Deixei-me cair na cama e comecei a sonhar acordada. A sonhar acordada com Seth.

Mas o que é que se passa? Porque é que fiquei tão nervosa ao pé dele e porque é que me sinto tão estranha ao pensar nele? É como… como se estivesse apaixonada, mas melhor. Mais forte.

- Vá lá Alyson, acorda – exigi-me. Afinal, eu não sabia nada dele, nada além do nome e que vive em La Push. La Push, que nome estranho…

Nem dei pelo tempo passar, e pouco depois o meu pai chamou-me para o jantar.

 

Seth

 

Quando saí do seu quarto no hotel ainda estava meio aparvalhado. Ela era tão linda, tão perfeita. Aquela voz, aqueles cabelos, aqueles olhos… parecia que tinha sido desenhado a pormenor. Aquele sorriso… nunca, nem num milhar de anos, conseguiria esquecer aquele sorriso.

Andei meio aos tropeções pela rua e caminhei até La Push, ainda ficava um bocado longe, mas estava com a cabeça tão na lua que nem dei pelo cansaço.

Fui directo à minha casa e a minha mãe e Leah já estavam a jantar. Sentei-me ao lado da minha irmã e servi-me, sempre com um sorriso parvo na cara e sem nunca pronunciar uma palavra.

- Alguém marcou alguém – ouvi Leah cantarolar.

Nem lhe liguei, apenas alarguei mais o meu sorriso.

- Estou tão feliz por ti filho – disse a minha mãe – Mas tens que ter juízo.

- Sim mãe – disse-lhe.

- Vá, fala-me dela. Como é que é? – A dona Sue e as suas perguntas.

- Bem, ela é… ela é fenomenal, linda, formidável…

- Algum defeito? – Interrompeu Leah.

- Claro que não! Ela é perfeita! – Alyson com um defeito? Isso é uma coisa inimaginável.

- Bem-vindo ao mundo dos apaixonados – disse-me ela.

- Mas não se esqueçam das vossas obrigações para com a alcateia – disse a nossa mãe.

- Sim, nós vamos agora fazer uma patrulha – disse-lhe Leah.

- Vamos? – Perguntei – Não sabia.

- Claro, estiveste fora o dia todo – disse-me ela.

- Mas há algum problema? – Insisti.

- Não, é só para ver se está tudo normal – explicou-me.

- Muito bem, despachem-se lá então – apressou a dona Sue.

Depois do jantar ambos, eu a minha irmã, nos transformámos e começámos a correr pelo bosque.

- Então meu, como correu? – Pensou Paul, que apareceu ao meu lado, enquanto corríamos.

- Foi óptimo. Ela é óptima – transmiti-lhe, através do pensamento.

- Parabéns, agora já não te podes andar por aí a lamuriar – pensou, mais alto do que devia.

 

Alyson

 

Quando me deitei já estava ansiosa pelo encontro de amanhã. Quer dizer, pela saída de amanhã, porque um encontro não é de certeza.

O que é que vou vestir? Como é que vou levar o cabelo?

Bolas, não me sentia tão nervosa desde a entrega dos Óscares de 2005. Mentira. Acho que nem aí me senti tão nervosa. Senti o estômago a andar às voltas, mas não era fome, era o nervosismo a falar mais alto.

- Controla-te Alyson, por amor de deus – disse para mim, em voz alta – Tu és uma actriz, finge que não estás nervosa, mas por amor de deus, adormece senão amanhã estás desgraçada.

- Estás a falar comigo? – Gritou o meu pai, da sala.

- Não! – Gritei-lhe, de volta.

Voltei a enrolar-me nos lençóis e encolhi-me toda. Que gelo, não sei como é que se consegue sobreviver aqui durante muito tempo e continuar-se a ter dedos dos pés.

Quando acordei tomei o pequeno-almoço e vesti uma roupa quentinha. Fiquei impaciente até ao almoço, e depois de comermos, o meu pai disse que ia sair. Não me importei, eu também tinha que me despachar.

Voltei para o quarto e espalhei a roupa toda. No meio de tanta roupa, como é que podia não encontrar nada de jeito para vestir?

Decidi-me por umas calças pretas e uma blusa vermelha, com um casaco bem quentinho cinza. Calcei umas botas castanhas por cima das calças e deixei o cabelo solto, para ver se me aquecia as orelhas.

Quando estava a pôr uns brincos enquanto saía do quarto, bateram à porta. Olhei para o relógio, três horas. Fechei a porta do quarto para que Seth não visse a desarrumação e corri até à porta. Ainda não a tinha aberto e o meu coração já estava a descolar a cem à hora.

Abri a porta e vi-o. Um arrepio percorreu o meu corpo ao mesmo tempo que o meu coração batia acelerado. Seth estava de novo apenas com uma t-shirt e uns calções, com uns ténis. Como é que ele consegue?

- Olá – saudou-me.

- Oi, queres ir já?

- Claro, estás pronta?

- Sim.

Agarrei no telemóvel e na chave e pus dentro do bolso do casaco. Saímos para a rua e senti logo as minhas mãos gelarem.

- Estás bem? – Perguntou Seth.

- Sim, porquê?

- Estás a tremer.

- Estou gelada. Como é que andas assim?

- Assim como?

- Como se fosse Verão.

Ele riu-se.

- Já estou habituado – disse-me – Onde é que queres ir?

- Bem, és de cá, mostra-me os bons sítios.

- Podíamos ir a La Push… é lindo.

- Ok, então será La Push.

Seth levou-me no seu carro, um Rabbit.

- Gosto do carro – disse eu, enquanto íamos a caminho.

- Obrigado, é de um amigo meu, Jacob, ele emprestou-me. Construiu-o sozinho.

- Impressionante.

- Chegámos. Bem-vinda a La Push.

Seth parou o carro e saímos. Estávamos em frente a uma pequena casa, muito parecida com uma cabana, e a porta estava aberta. Credo, com este frio ninguém deixa portas abertas…

- Anda, quero-te apresentar os meus amigos – disse Seth, enquanto andávamos em direcção à pequena casa.

- Ok – oh deus, sentia-me tão nervosa. E se não gostassem de mim? Pior, e se já me conhecessem das revistas e etc. …?

Entrámos na casa e só vi rapazes, eram uns cinco, e lá no meio estava uma rapariga, que gritou mal me viu.

- NÃO ACREDITO! – Gritou ela – TU ÉS A ALYSON SHEPHERD!

17 comentários

Comentar post