Spotlight
Desculpem, ontem já cheguei super tarde a casa por isso não deu mesmo para postar...
Mas... acho que guardei o melhor para agora.
Achei que isto estava a ficar muito previsivel, por isso dei uma pequenina reviravolta.
Aproveito para dizer que este é o penúltimo capítulo... não me matem.
Espero que gostem ^^
Capítulo 36
Confronto * Parte 2
Alyson
Fez-se silêncio durante um momento e eles ficaram os dois com caras pensativas, o que me fez arrebitar os ouvidos e tentar ouvir alguma coisa. Mas não. Se eles ouviam alguma coisa, devia vir ainda ao longe, porque eu além de vento, não conseguia captar nada.
Mas poucos segundos depois percebi e um sorriso leve apareceu nos meus lábios enquanto os dois vampiros ao meu lado pareciam desamparados.
Um enorme lobo preto apareceu por entre os arbustos, e atrás dele vinham mais. Finalmente, alguém para me salvar.
Vi Seth, estava quase no fim de todos eles, e vinha a coxear. Senti um aperto no coração, só queria correr até ele e poder levá-lo daqui para fora para que pudesse ir ao médico.
- O que é isto? – Perguntou o homem, todo confuso a olhar para todos os lados, de onde vinham os lobos. Estávamos cercados – Armaste-me uma armadilha!
- Não! – Defendeu-se Tom – Eu juro-lhe, não sabia!
O homem tentou fugir, e todos os lobos menos Seth, Leah e Quil seguiram atrás dele, passando por mim e por Tom e levantando uma rajada de vento que me obrigou a agarrar no cabelo para não perder nada do espectáculo.
Ia dar um passo, ia ter com Seth, até que me lembrei que Tom ainda não sabia a verdade. Olhei para ele reticente, mas então ouvi um rugido. Vinha de Seth, que já estava à nossa frente com Leah e Quil. Sabia que era Quil pois há uns dias Seth tinha-me dito quem era quem, enquanto os outros estavam transformados.
Seth rosnou uma vez mais e Tom pôs-se à minha frente.
- Tom – murmurei – Se gostas de mim… deixa-me ir.
- Ainda não – respondeu, duro.
Ouvi um rugido enorme vindo de onde os outros lobos tinham ido, e voltei-me para trás. O resto da alcateia voltou para ao pé de nós e o meu coração sossegou um pouco, ao menos um vampiro já não ia trazer problemas.
- Tom, por favor – implorei.
Tom olhou para mim e pela primeira vez desde que se transformou, consegui ler nos seus olhos. Era como se me pedissem desculpa.
Ele afastou-se de mim e eu corri logo para ao pé de Seth, de quem fiquei ao lado. Ele olhou para mim, com aqueles olhos cor de chocolate e também parecia mais calmo.
Mas porque estaria Tom a pedir-me desculpa?
Seth e Quil iam-se mandar a Tom quando tudo, em apenas um instante, fez sentido na minha cabeça. O segundo filme que fizemos juntos… o Tom é o robô!
- Espera Seth! – Gritei, em pânico, enquanto me pus à frente de Tom – Por favor, espera só um pouco.
Vi nos olhos de Seth que foi apanhado desprevenido, não esta à espera de que eu parasse o seu ataque desta maneira. E sim, estava também magoado. Mas se eu tivesse razão – que tenho que ter – então estava tudo bem.
Virei-me de frente para Tom e olhei-o nos olhos.
- Tu sabias – afirmei, ao que ele se manteve impávido – Estavas a representar este tempo todo! Tu é que és o robô.
Ele deitou um sorriso leve e deu uma outra olhadela aos lobos.
- Não podia denunciar o meu criador – disse-me – Apesar de vocês terem assumido que tinha sido o outro vampiro, não, era este. E não o podia denunciar, ele matar-me-ia. Por isso tive que achar outro modo.
- Tu sabias que se te aproximasses de mim e fingisses sentir algo mais que amizade… o Seth ia ficar com ciúmes… - concluí.
- E que me ia investigar – continuou ele – Conduzi-o até àquela cabana onde o meu criador tinha deixado os corpos… só esperava que mais lobos viessem rapidamente. Mas não, tinhas que ser tu.
- Por isso… não acreditaste quando eu disse que queria vir contigo… pois não?
- Desculpa… mas não és muito boa a improvisar.
- Por isso és inocente – não pude evitar de sorrir de alívio. Afinal era tal e qual como no filme, apenas os papéis mudavam.
Abracei Tom e não quis saber se ele tinha sede, se me queria morder, nada. Ele era meu amigo, e estava inocente.
- És um melhor actor do que eu pensava – murmurei-lhe, ao ouvido.
- Ally? – Perguntou.
- Sim?
- Cheiras a cão.
Ouvi um som semelhante a um riso e olhei para trás, para Seth, e larguei Tom.
- Bonito, eu elogio-te e tu dizes-me isso – resmunguei, para Tom.
- Também és boa actriz.
Respirei fundo enquanto olhava para a alcateia. Parecia mais calmos, estavam sentados e ouviam todos os pormenores.
Aproximei-me de Seth e fiz-lhe festinhas na cabeça.
- Vês? – Perguntei – Vocês precisam de confiar um pouco mais nos meus julgamentos.
Eu é que fui parva ao acreditar que Tom era um assassino sem coração.
Estava feliz que isto tivesse acabado. E a melhor parte é que ninguém saiu mal. Bem… excepto Emily e Sam, que tiveram que interromper o casamento. Mas algo me diz que nem isso pode parar aqueles dois.