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Nova fic - Together as One

por Andrusca ღ, em 16.03.11

Bem-vindos à primeira história sem sobrenatural :o

Vai ser contada com duas versões, a dele e a dela.

Regressam também os capítulos pequenos...

Espero não desiludir, e que gostem ^^

 

(vou deixar o prefácio e o primeiro capítulo)

 

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Prefácio

 

Tenho que admitir que antes de o conhecer vivia apenas no meu pequeno mundo.

Fui criada a ser obediente, responsável… em poucas palavras, a filha perfeita.

Mas agora que o conheci, parece que preciso de mais do que boas notas e uma mesada choruda nos meus pais.

Sempre pensei que os rapazes da sua laia não prestavam, foi sempre isto que quiseram que pensasse. Mas e agora? Como é que sei que estou disposta a lidar com um mundo diferente do meu e a enfrentar perigos que até agora apenas via na televisão, apenas por ele?

Acho que apenas o tempo o irá dizer…                                                                  

Eleanor Davies

 

 

Desde pequeno que gosto de correr riscos. Os meus pais dizem que não posso continuar assim, mas não se preocupam o suficiente para ficarem em casa mais tempo, por isso para quê parar?

E então conheci-a.

Era completamente o oposto de mim, uma rapariga das quais raramente se encontra hoje, cheia de valores e responsabilidades.

Fiquei preso àqueles olhos e sorriso, mas nunca vou ser bom o suficiente para ela.

Eu sou um marginal, e neste ponto, não vou mudar.

O meu maior arrependimento? Tê-la deixado chegar tão perto de mim e mostrar-lhe como sou.

Daniel Stryke

 

 

 

Capítulo 1

Liberdade

 

Ellie

 

- E agora de regresso às notícias de abertura. O gang responsável pelos últimos assaltos anda de novo à solta, após ter assaltado ontem à noite uma ourivesaria e… - ouvi passos em direcção à cozinha por isso desliguei a televisão e sentei-me à mesa com a minha tigela de cereais.

Jules, a nossa empregada, olhou para mim e riu-se enquanto abanava a cabeça, pois sabia porque tinha reagido assim. Os meus pais não gostam que eu veja este tipo de notícias.

Poucos segundos após me sentar, a minha mãe e o meu pai apareceram e sentaram-se também comigo.

- Bom dia, querida – disse-me a minha mãe – Está entusiasmada por ir para a escola nova?

- Sim, muito – respondi.

Eles nem imaginavam o entusiasmo que estava dentro mim.

Desde que entrei para o primeiro ano, que frequento um colégio de freiras, apenas para raparigas. Sim, nos primeiros anos não notei diferença, não ligava. Mas no ano passado comecei a querer ser mais… normal? A verdade é que os meus pais ligam imenso à educação… bem, à minha, pois o meu irmão sempre andou numa escola pública, a mesma para onde eu vou agora. Após muitos pedidos durante um ano inteiro, consegui convencer os meus pais a tirarem-me da escola de freiras e a pôr-me na pública. Eles detestaram a ideia, mas eu prometi que mantinha as boas notas, que me portava bem e etc. e lá acabaram por concordar.

Por isso cá estou eu, a despachar-me para o primeiro dia do 11º ano, numa escola completamente nova.

- Bom dia família – disse Michael, depois de tirar um pequeno pão de cima da mesa e enquanto se dirigia à porta – Vá lá mana, se queres boleia despacha-te.

- Certo… - murmurei, pondo a última colherada de cereais na boca – Adeus pai, adeus mãe.

Agarrei na minha mala e corri até ao meu irmão Michael.

Quem o vê ao longe pensa logo que é daqueles marginais pertencentes a gangs que assaltam ou raptam pessoas. Não sei como é que gosta de se vestir assim tão… à marginal, não há outra palavra. Acho que esse é um dos motivos que levaram os meus pais a investir mais em mim no que nele. Ele sempre foi desobediente e respondão, e nunca quis seguir o negócio de família: advocacia. Eu não morro por isso… mas também não detesto completamente a ideia de ser uma advogada. Além disso se temos a vida que temos é graças a essa profissão, que já dura há quatro gerações na nossa família.

Mas Michael é mais do que aparenta à primeira vista. No meu ponto de vista, tem tanto de estúpido como de querido, há dias em que o adoro e outros em que o quero matar.

Quando saí pela porta já ele estava a arrancar com o carro.

- Michael! – Gritei.

- Desculpa mana, vejo-te na escola!

E conduziu para longe, deixando-me de boca aberta a olhar para ele feita parva. Hoje é um dos dias em que o odeio.

Recompus-me e comecei a caminhar em direcção à escola, ainda bem que já lá tinha ido duas vezes.

Ainda era cedo, oito horas, e por isso as ruas estavam um bocadinho desertas.

 

Danny

 

- Vá lá menino, acorde! – Dizia Alice, enquanto me abanava.

- Deixa-me dormir Alice! – Resmunguei.

- Mas assim vai chegar atrasado às aulas!

Alice é a minha empregada, ou melhor, é quase como uma babysitter. Às vezes não consigo perceber se gosta mesmo se mim, ou se só me trata bem pelo dinheiro que os meus pais lhe dão.

Eles passam a vida inteira a viajar, quem tem dinheiro é assim.

- Alice, vê o raciocínio: toda a gente sofre por ter que ir para a escola no primeiro dia, certo? – Não lhe dei tempo para responder – Eu sou esperto, só vou no segundo. Agora deixa-me dormir!

- Menino Daniel! – Agora já parecia chateada – O menino ainda o ano passado foi expulso de uma escola e já quem começar mal?! Tem dois segundos para levantar esse rabo da cama, vestir-se e descer para o pequeno-almoço!

Ouvi os seus passos afastarem-se e a porta bater, e tirei a cabeça de baixo dos lençóis. Que tédio! Detesto levantar-me cedo para ir para um sítio onde não se faz nada.

Arrastei-me até à casa de banho e depois de um duche rápido vesti umas calças de ganga e uma t-shirt preta. Deixei o meu cabelo secar ao natural, eu gostava de como ele ficava quando secava assim. Ficava com um aspecto rebelde, espetado para todos os lados.

Tirei uma maçã da fruteira e disse adeus à Alice, enquanto saía porta fora.

Caminhei quase a rastejar. Que tédio de vida. Passamos a maior parte da nossa existência a estudar. Depois a trabalhar. E depois morremos. Onde raios é que está a diversão?

Dei um pontapé numa pedra vi-a ir de encontra a um caixote do lixo.

Se os meus pais não me ligam? Porque é que Alice faz tanta questão em se preocupar?!

Passou-me pela cabeça que me tinha esquecido completamente de um caderno e de uma caneta, e ainda bem, porque ia mesmo a passar por uma papelaria.

Entrei e procurei por um caderno de linhas, e tirei um com uma capa toda preta, e uma embalagem com três canetas azuis.

Estava uma fila enorme para pagar, não estava com paciência nenhuma para estas tretas.

Dirigi-me à saída e quando estava prestes a sair…

- Tu aí! – Ouvi. Devia ser a dona da papelaria, não sei, não liguei – Não vais pagar isso? Oh rapaz!

Ignorei e comecei a correr enquanto me ria. Ai… é apenas um caderno e três canetas por amor de Deus, já roubei pior. Mas mesmo assim, isto dá uma adrenalina fantástica. É uma boa maneira de começar o dia.

Ia a correr e a fazer uma curva quando fui de encontra a alguém e com o choque ambos caímos para trás.

Ia começar a reclamar com o idiota que me tinha feito cair, mas quando finalmente olhei para a pessoa não consegui dizer nada. Ela tinha um cabelo escuro, escadeado e comprido, e olhava-me com uns olhos verdes de tirar o fôlego. Não parecia o tipo de miúda com que normalmente dou umas voltas, parecia ser toda certinha, e isso dava uma certa piada.

 

Ellie

 

- Podias ter mais cuidado – reclamei, ao levantar-me.

- Olha quem fala, tu é que vieste contra mim – disse-me, já levantado à minha frente.

Ele tinha um cabelo castanho-escuro todo espetado, e quando se riu fez covinhas. Se alguém dissesse que ele era feio, é porque era cego, de certeza. Mas depois tinha aquele ar todo chunga, com as calças a cair pelo rabo abaixo e aquela postura tudo menos correcta. Parecia tipo macho.

- Tanto faz – respondi, e continuei a andar.

 

Que acharam?

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