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Together as One - The Second Part

por Andrusca ღ, em 21.04.11

Capítulo 2

Autópsia

 

Danny

 

Assim que acordei mandei uma mensagem à menina dos meus olhos… “oh, pára tudo, desde quando é que fiquei assim tão lamechas?!”. Ela telefonou-me pouco depois e conversámos durante um bocadinho, e depois fui-me despachar para não me atrasar, sim, porque não a queria deixar à espera.

Hoje fazíamos seis meses de namoro, e acho que estes meses passaram a voar, ou então fui eu que andei sempre com a cabeça na lua. Pelo que ela me diz as coisas na sua casa não andam melhores, e ainda pioraram quando os pais dela descobriram que quem namora com ela sou eu. Eles nunca gostaram muito de mim quando era apenas amigo de Michael, e agora que namoro com a filha muito menos.

Tomei um duche e bati o meu recorde, ao demorar apenas cinco minutos, e depois vesti-me e desci. Alice já tinha o pequeno-almoço pronto.

- Bom dia Alice – disse-lhe, dando-lhe um beijo na bochecha. Ela queixou-se baixinho, detestava que lhe fizesse isto.

- Bom dia menino Daniel – disse-me – O menino está muito contente logo pela manhã…

- É um dia especial Alice.

- Pois, pois, veja lá não se esqueça é dos estudos, que para namorar tem uma vida inteira.

- Sim comandante – respondi, fazendo continência. Alice dava-me sempre este discurso, mas no fundo sabe que eu só passei de ano o ano passado graças a Ellie, que esteve horas sem fio a ajudar-me a recuperar a matéria. E graças a isso, este ano sou da turma dela a quase tudo.  

Fui para a escola na minha outra menina, a minha mota, mas apanhei um acidente pelo caminho e por isso quando cheguei já ela estava sozinha. Aproximei-me por trás e abracei-a. Ela começou logo na brincadeira, como já era de esperar.

As aulas foram o tédio total, eu bem tento, mas é impossível achar alguma destas coisas interessantes. Excepto quando é ela a dizer-mas, aí já tem todo o interesse possível e imaginário.

Quando finalmente deu o toque de entrada para a hora de almoço, fui esperá-la à sala dela e vi que foi das últimas a sair. Era sempre. Aproximou-se de mim e cumprimentou-me com um beijo.

- Tudo saudades? – Perguntei-lhe.

- Claro… o que é que vais fazer à tarde? – Perguntou-me.

- Estava a pensar em raptar a minha namorada para vermos um filme lá em casa, achas que ela vai gostar?

- Oh, não digas essa palavra – Certo… continuo a esquecer-me que nós e “raptos” já tivemos uma cota de más experiências.

- Certo… desculpa – E dava para notar que sempre que falava em algo assim ela ficava estranha. No meio de toda aquela trapalhada, ela tinha sido quem tinha ficado pior, e eu sabia perfeitamente que a culpa tinha sido minha.

- Não faz mal – Mas ela disfarçava sempre – Eu acho que a tua namorada vai aceitar, e vai adorar.

- Hum… - puxei-a para mim e dei-lhe mais um beijo – Então vamos?

Fomos para a minha casa e Alice já tinha o almoço feito, eu tinha-lhe pedido logo para contar com Ellie porque já sabia que ela ia aceitar.

Depois de comermos fomos para o meu quarto e eu deitei-me na cama enquanto ela via os DVDs e escolhia um para vermos.

- Que tal este? – Perguntou-me, virando a capa para mim.

- Hum… espera aí, tenho um novo – levantei-me da cama e fui até à gaveta da secretária, de um tirei um de terror chamado “Autópsia”.

 

Ellie

 

- Autópsia? – Perguntei. Pronto, está-se mesmo a ver que me vou borrar de medo. – Claro, porque não?

- Fixe.

Pôs o filme no DVD e sentámo-nos os dois na cama, recostados na cabeceira, e eu muito encostada a ele. Sentia-me bem, protegida.

Logo ao princípio dei um pulo, os protagonistas tinham atropelado um homem e ele depois saiu de baixo do carro todo ensanguentado. Danny olhou para mim, mas nada disse. Voltámos a dirigir a nossa atenção ao filme.

Isto é horrível! Dizer que é de terror não conta, isto é mas é nojento!

Às tantas encostei-me a ele e escondi a cara no seu peito.

- Estás com medo? – Perguntou – Pensava que não tinhas medo de filmes de terror Ellie.

Eu sabia porque é que ele pensava isto. Houve uma vez na minha casa em que vimos um, e como naquela altura eu… bem, o odiava, não dei a parte fraca, apesar de estar toda a tremer por dentro.

- Se eu não dormir hoje a culpa é tua – murmurei, junto a ele. – Isto é um banho de sangue Danny, é horrível.

Ele pôr pausa no filme e deixou-se descair na cama, até ficar deitado ao meu lado. Desviou-me uma madeixa de cabelo para trás da orelha e sorriu-me.

- O que é que queres fazer? – Perguntou-me, sorrindo.

- Nada… tu estavas a gostar, podes continuar a ver – disse-lhe.

- Mas gosto mais de ti que do filme minha tonta – sorri-lhe.

- Minha tonta? – Perguntei – Ai, cada dia estás pior.

Encostei-me mais a ele e ele rodeou-me a cintura com o braço.

- É o efeito que tens em mim, só te podes culpar a ti própria.

Cheguei os meus lábios aos dele e dei-lhe um beijo, ao que ele correspondeu, e o que fez seguirem-se muitos mais. Acabámos por esquecer “Autópsia” e por estarmos a namorar.

Claro que quando chegou a noite não preguei olho, só conseguia pensar naquele banho de sangue, e nos órgãos a sair para fora e… bah, que nojo.

 

btw: quem ainda não viu este filme, Autópsia, não veja xD

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